terça-feira, 1 de abril de 2008

ASSALTO INSTITUCIONALIZADO AO CONTRIBUINTE PORTUGUES

PREÇO DA ELETRICIDADE EM PORTUGAL È MAIOR QUE EM ESPANHA 41,4 %

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ por Eugénio Rosa [*]

Já por diversas vezes denunciámos os lucros exagerados obtidos pela EDP à custa de preços muito superiores aos praticados em outros países da União Europeia, mesmo mais desenvolvidos e com remunerações muito mais elevadas, perante a passividade, para não dizer mesmo a conivência, do governo e da Autoridade da Concorrência. Finalmente, esta última decidiu levantar um processo para averiguar porque razão o preço da electricidade em Portugal é muito superior ao preço espanhol ( 41,4% ). Mas logo o ministro da Economia veio em defesa da EDP, desautorizando aquela entidade. Por isso, interessa esclarecer mais uma vez a forma como actua a EDP e como também obtém os elevados lucros que apresenta todos os anos. É o que se faz neste estudo utilizando apenas dados do Eurostat e da Direcção Geral de Energia e Geologia do Ministério da Economia.

Qualquer pessoa sabe, por pouco que conheça de gestão empresarial, que os lucros de uma empresa são determinados pela diferença entre os proveitos que obtém pelo que vende e os custos que tem de suportar. E os preços que interessam são os chamados “preços à saída da fabrica”, ou seja, os preços sem incluir os impostos, porque as receitas destes revertem para o Estado.

De acordo com os dados oficiais do Eurostat, o preço da electricidade em Portugal sem impostos era, em 2007, em média, superior em 21,1% ao preço médio comunitário.

Se a análise for feita por países a diferença, em relação a alguns deles, é ainda maior. Por exemplo, em 2007, o preço da electricidade em Portugal sem impostos era superior em 114,8% ao da Grécia; em 41,4% ao de Espanha; em 30,5% ao da Suécia; em 61,9% ao da Dinamarca, etc.

Como consequência destes preços mais elevados, cerca de 250 milhões de euros dos 1120 milhões de euros de lucros líquidos obtidos pela EDP em 2007, tiveram como origem precisamente a diferença entre o preço praticado em Portugal, que é mais elevado, e o preço médio comunitário.

Só em 2007, os cerca 4.700.000 consumidores domésticos tiveram de pagar pela electricidade que consumiram, cada um deles, mais 53,31 euros do que pagariam se o preço da electricidade em Portugal, sem impostos, fosse igual ao preço médio comunitário.

Em 2007, o preço da electricidade em Portugal era, em média, ainda superior em 21,1% ao preço médio comunitário. No entanto, se a análise for feita por países da UE a diferença, em relação a alguns deles, é ainda maior. Por exemplo, em 2007, o preço da electricidade sem impostos era, em Portugal, 114,8% superior ao da Grécia; 41,4% ao de Espanha, 30,5% ao da Suécia; e 61,9% ao da Dinamarca. É esta diferença de preços suportada pelos consumidores, que permite também às empresas de electricidade obter elevadíssimos lucros (os lucros da EDP atingiram, em 2007, cerca de 1.120 milhões de euros) que o ministro Manuel Pinho defende.

Em 2007, apesar da crise que grassa no País e dos sacrifícios que os portugueses estão a suportar, a EDP obteve 1.120 milhões de euros de lucros líquidos, um valor superior ao de 2006. Uma parcela importante destes lucros teve como origem o preço superior ao preço médio comunitário cobrado pela EDP aos consumidores domésticos portugueses como mostra o quadro.

Utilizando dados do Eurostat, da própria EDP e da Direcção Geral de Geologia e Energia

do Ministério da Economia estimamos que, só em 2007, a EDP tenha arrecado cerca de 1120 milhões de euros de lucros líquidos obtidos apenas por ter vendido a electricidade que produz 21% superior ao preço médio de electricidade praticado na União Europeia.

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Bancos pagaram apenas 13,6% de IRC no ano 2007

http://dn.sapo.pt/2008/04/01/economia/bancos_pagaram_apenas_136_irc_ano_pa.html

Os bancos portugueses obtiveram em 2007 lucros de 2,4 mil milhões de euros, mais 9,1% que no ano 2006. Estes são os primeiros dados oficiais do sector, ontem divulgados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB). Os números são referentes a uma amostra do conjunto das instituições bancárias, que representam 96,4% do activo líquido do sector em 2006.

No entanto, a crise no mercado do crédito não parece ter atingido as principais variáveis do sector. O activo líquido cresceu 12,2% em 2007, atingindo os 391 mil milhões de euros, com o crédito a clientes a subir 13,4%. Os recursos aumentaram a um ritmo mais baixo, crescendo 9% face a 2006.

As receitas de comissões e serviços aumentaram a um ritmo modesto de 6,4%, segundo a APB, enquanto os resultados obtidos em mercados de capitais subiram 4,7% face ao ano anterior. Como consequência final, o produto bancário de exploração progrediu 7,3%, para os 9,5 mil milhões de euros.

Os impostos pagos sobre os lucros caíram 28,7%, tendo a banca pago no ano passado 388 milhões de euros, referentes apenas à tributação dos resultados. Face a estes números, a taxa de IRC efectivamente paga pela banca rondou os 13,63%, relacionando o valor dos impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) com o resultado apurado antes de impostos. Em 2006, esta taxa tinha sido de 19,42%.

As empresas em geral são taxadas em 27% (já incluindo derrama).

SEM COMENTÁRIOS ……………………………………

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CONTRIBUINTES PORTUGUESES

Só existe um caminho a seguir, a abstenção em força !!!!!!!

Os politicos não nos respeitam, então porque nos preocuparmos em ir votar ?

Se a abstenção for superior a 80%, verá que estes “” senhores “” irao dar por falta de seu voto.

Acho, em minha opinião, que somente esta atitude irá ter impacto junto destes “” senhores “”.

Com os melhores cumprimentos.

Ramiro Lopes Andrade

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