sexta-feira, 26 de julho de 2019

Carta aberta de um português que está farto: “Escrevo esta carta porque é um covarde…” ( Antonio Monhé Costa Bosta )

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Não tenho nada a acrescentar, está tudo dito.

Ramiro Lopes Andrade

                                                                                                                                                                                                                                                           

Fonte: TUGA.PRESS


Carta aberta de um português que está farto: “Escrevo esta carta porque é um covarde…” ( Antonio Monhé Costa Bosta )



Esta carta aberta foi partilhada por Gaspar Macedo, que no seu Facebook diz que “não podemos ter uma voz se recearmos o risco de críticas”.
Lê a carta aqui na integra ou no Facebook dele:

“Carta aberta de um português que está farto.

Caro primeiro-ministro, estou farto de ver políticos como o senhor recusarem assumir responsabilidades sempre que uma catástrofe se abate sobre Portugal.
Esta carta não é politica e não a escrevo porque é socialista. 
Escrevo, porque é um covarde. 
A verdade, é que depois de tantos anos de teatro politico, o Estado falhou e continua a falhar aos portugueses.

Quando 3,4 milhões de euros são desviados do fundo para reconstruir casas de vitimas de incêndios, a responsabilidade é do Estado.

Quando o governo usa fundos para as regiões menos desenvolvidas e mais afetadas pelos incêndios para alargar o metro ou comprar autocarros para lisboa, a responsabilidade é do Estado.

Quando o governo deve 35 milhões de euros aos bombeiros portugueses, a responsabilidade é do Estado.

Quando uma portuguesa desespera com o fogo a dois metros de casa ou um pai perde a mulher e as filhas para o fogo, enquanto lutam durante horas e horas sem sinal dos bombeiros ou da proteção civil, a culpa é do Estado.

Quando o governo escolhe encher os cargos de comandantes operacionais com militantes de partidos, renegando o mérito, a responsabilidade é do Estado.

Quando um português espera três anos por uma consulta ou cirurgia, a responsabilidade é do Estado. 

Quando doentes graves esperam horas e horas nas urgências dos hospitais ou crianças vitimas do cancro são tratadas nos corredores dos hospitais, a responsabilidade é do Estado.

Quando empresários recebem empréstimos de centenas de milhões de euros de um banco publico sem quaisquer garantias, a responsabilidade é do Estado. 

Quando esses empresários vão depois gozar com a cara dos portugueses nas comissões de inquérito ou nas televisões, dizendo que “não tenho dividas” ou “não me recordo”, a responsabilidade é do Estado.

Quando provas de crimes são destruídas com ordem de dirigentes políticos e de justiça, a responsabilidade é do Estado.

Quando 14 mil milhões de euros dos portugueses são gastos em resgates de bancos, depois de anos e anos de avisos e impunidade, a responsabilidade é do Estado.

Por isso, caro primeiro-ministro, o Estado falhou aos portugueses e continua a falhar. 
Aqui os políticos choram as tragédias em vez de as evitarem. 
O tempo passa, promessas e anúncios são feitos, mas nada muda. 
Os que procuram responsáveis são os vilões e os que a deviam assumir escondem-se atrás de um “não comento” ou vão de férias. 

Estou farto.


Tenho dito.”





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