terça-feira, 26 de março de 2013

Retirem o dinheiro da banca Portuguesa com urgência !!!!!!!!!!!!! Na imprensa já se fala do caos inevitável .............


O dinheiro que temos na banca está seguro?


http://economico.sapo.pt/noticias/o-dinheiro-que-temos-na-banca-esta-seguro_165641.html

26/03/13    Pedro Sousa Carvalho

A história é de um agricultor que vai ao banco da aldeia pedir um empréstimo. O gerente do banco, depois de olhar para o agricultor de cima a baixo, pergunta-lhe: ‘Para quê que você precisa do dinheiro?'.
Ao que o agricultor responde: ‘Para plantar uma horta e depois ir ao mercado vender umas ervilhas, uns rabanetes, uns repolhos....' O gerente do banco impaciente, sem mais rodeios, vira-se para o agricultor e vai directo ao assunto: ‘E você tem algum colateral para dar ao banco?' Ao ver o ar desnorteado do agricultor, o gerente insiste: ‘Tem alguma coisa de valor para dar de garantia ao banco?' Depois de muitas explicações, o gerente do banco lá consegue convencer o agricultor a deixar lá a sua vaca cujo valor serviria de colateral para cobrir o empréstimo.
Passado uns meses, o agricultor regressa ao banco com um rolo de notas para pagar o empréstimo, com juros, e reaver a sua vaca. O resto do dinheiro mete-o no bolso. O gerente do banco, intrigado, pergunta: ‘E o que vai você fazer com o resto do dinheiro?'. Ao que o agricultor responde: ‘Vou guardar debaixo do colchão'. Ao que o gerente do banco sugere: ‘E por que não o deposita aqui e nós tomamos conta do seu dinheiro?' O agricultor, com um ar desconfiado, vira-se para o gerente do banco e, depois de muito matutar, pergunta: ‘E você tem algum colateral para me dar?'
Moral da história: quando vamos à banca pedir dinheiro, o banco passa a ser nosso credor e, como tal, exige garantias para se precaver caso entremos em incumprimento. Mas quando vamos ao banco depositar o nosso dinheiro, passamos nós a ser credores do banco, mas nem por isso exigimos um colateral. Por uma razão simples: até agora, os depósitos eram o activo mais seguro que se podia ter e, como tal, a probabilidade de o banco não nos devolver o dinheiro era mínima.
Isto é o moral da história. O que há de imoral nesta história é que a Europa encontrou um novo modelo para resgatar os bancos e que passa por impor perdas não só aos accionistas e obrigacionistas, mas também aos depositantes. Na semana passada, quando se estava a negociar o empréstimo para o Chipre, o líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, jurou a pés juntos que a solução de taxar os depósitos na ilha não iria ser replicada em mais nenhum País da zona euro. Na semana passada jurou e ontem abjurou. Jeroen Dijsselbloem veio dizer que afinal, de agora em diante, caso algum banco na Europa venha a ter problemas, os accionistas, os obrigacionistas e, pasme-se, os depositantes com poupanças de mais de 100 mil euros vão ser chamados a fazer um ‘bail-in' ao banco para que os contribuintes não tenham de fazer um ‘bail-out'.
E o que vai acontecer depois desta decisão bizarra, injusta e altamente alarmista? A Moody's fala em risco de saída de depósitos da Europa, fugas de capital e custos mais elevados para as empresas e os países do euro se financiarem.
No curto prazo provavelmente não se vai sentir nada. O grande capital move-se sorrateiramente e de forma silenciosa para outras paragens. Só daqui a uns meses é que vamos perceber os estragos que uma decisão deste género terá nos balanços da banca. E nessa altura, se for preciso salvar algum banco que faliu por causa da fuga de depósitos, os eurocratas bem podem procurar os tais depósitos de 100 mil euros para taxar que não os vão encontrar.


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Eurogrupo admite que Chipre pode ser exemplo a seguir

http://expresso.sapo.pt/eurogrupo-admite-que-chipre-pode-ser-exemplo-a-seguir=f796151
 
A solução encontrada para Chipre será modelo para situações idênticas.
Quem o diz é o presidente do eurogrupo.
 

O novo "modelo" implica que depositantes, credores seniores e juniores e acionistas passarão a arcar com a fatura do resgate dos bancos em situação críticaSebastien Pirlet/Reuters O novo "modelo" implica que depositantes, credores seniores e juniores e acionistas passarão a arcar com a fatura do resgate dos bancos em situação crítica
O modelo seguido para o resgate de Chipre poderá passar a ser exemplo para futuras intervenções em países da zona euro com situações de risco no seu sector financeiro, disse o presidente do Eurogrupo em entrevista ao Financial Times e à Reuters, depois da reunião de esta madrugada. As declarações de Jeroen Dijsselbloem são tidas como a revelação da nova estratégia do Eurogrupo para as crises de dívida. Recorde-se que em 15 de março, em anterior reunião do Eurogrupo, o modelo de resgate defendido recorrendo a um imposto extraordinário sobre depósitos foi defendido como uma "solução única" para o Chipre.
O novo "modelo" implica que depositantes, credores seniores e juniores e acionistas passarão a arcar com a fatura do resgate dos bancos em situação crítica, pois os mecanismos europeus deixarão de financiar recapitalizações bancárias. O que seria, também, orientação para o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês). O presidente do Eurogrupo deixou nas entrelinhas que esse novo fundo nunca será usado para a recapitalização bancária. "Devemos apontar para uma situação em que nunca seja preciso considerar sequer uma recapitalização direta", afirmou.
Recorde-se que, esta madrugada, o Eurogrupo decidiu envolver os depositantes acima de 100 mil euros (considerados não garantidos) e os credores e acionistas na reestruturação dos dois principais bancos cipriotas, definindo que o envelope de resgate da troika até 10 mil milhões de euros não será aplicado na recapitalização do sector financeiro cipriota.

Cabeça de Dijsselbloem já é pedida

O presidente do Eurogrupo considera que já se passou o momento mais quente da crise e que, portanto está na hora, de uma mudança radical de orientação de salvar o sector financeiro com o dinheiro dos contribuintes, como aconteceu com a Irlanda e Espanha, para as costas dos investidores privados, incluindo nos investidores os grandes depositantes, uma apreciação que já foi feita anteriormente por Dijsselbloem e pelo primeiro-ministro finlandês.
"Se há um risco num banco, a primeira questão deve ser: 'OK, o que vão fazer no banco para resolver isso? O que podem fazer para se recapitalizarem? Se o banco não o pode fazer, então falaremos com os acionistas e com os detentores de títulos, e pediremos para que contribuam para a recapitalização dos bancos, e se necessário falaremos com os depositantes com depósitos não garantidos", disse o presidente do Eurogrupo. "Se queremos ter um sector financeiro saudável e sólido, o único caminho é dizer - 'Se tomam riscos, têm de lidar com eles, e se não conseguem lidar com eles, não os deviam ter assumido e a consequência tem de ser que é o fim da história'. É uma abordagem que eu penso que nós, agora que estamos fora do calor da crise, teremos consequentemente de tomar", disse o ministro das Finanças holandês, que confessou que ainda "há algum nervosismo" entre os seus colegas ministros das Finanças para a nova abordagem. Naturalmente por medo de uma fuga de capitais da zona euro, o que vai ser avaliado nos próximos dias.
Alguns analistas já falam de monitorizar o "efeito Dijsselboem" nos mercados financeiros e outros pedem a cabeça do holandês que está no cargo apenas desde janeiro. As respostas do ministro holandês serviram apenas "para reacender o contágio", comentou a agência financeira Markit. O bloguer Robbert Jacobs ironizou: "Dijsselbloem lançou uma Dijsselbomba".

Aviso a Luxemburgo e Malta

Perguntado sobre a implicação do "modelo cipriota" para outros países da zona euro com rácios de sectores financeiros em relação ao PIB muito mais elevados do que Chipre, como são o caso do Luxemburgo e Malta, Dijsselbloem respondeu: "Significa - lidem com o problema antes de entrarem em sarilhos", e conclui: "A resposta não será mais automaticamente -'nós entramos e vamos resolver os vossos problemas'". O problema poderá também colocar-se à Eslovénia, com problemas graves no seu sector bancário.



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