quarta-feira, 13 de julho de 2016

LIVRO PARA BAIXAR /////// Paul Singer - Globalização e desemprego - Diagnósticos e alternativas

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Livro muito interessante, de 1999, antecipou o grave problema de desemprego das pessoas com mais de 45 anos, e como a sociedade é impotente para mudar o problema.
Outra situação grave, é a abertura das fronteiras da Europa aos deslocados da Síria / Iraque / etc ......
Este afluxo de pessoas, desregulou o mercado de trabalho, e, como é óbvio, existem abusos em todos os países, tal como a França, que mudou as leis laborais, e provoca ainda hoje, muitas greves. 

Acho também que, com o aparecimento da inteligência artificial, associada a robótica, o problema vai atingir as faixas etárias mais jovens.
Isto sem falar no perigo de termos a grave possibilidade, de um domínio dos robôs com inteligência artificial ..... assumirem o controlo, e simplesmente tomarem os humanos .... como seus inimigos.
Esta realidade, não é ficção cientifica, está mais próximo do que imaginamos !!!!!!!!

Ramiro Lopes Andrade

LINK PARA BAIXAR LIVRO:

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhGRIAA/paul-singer-globalizacao-desemprego-diagnosticos-alternativas

ABAIXO UM ENXERTO INICIAL DO LIVRO, BOAS LEITURAS.

Paul Singer - Globalização e desemprego - Diagnósticos e alternativas


Introdução
O impacto da globalização está se fazendo sentir de forma cada vez mais forte e difusa.
A sua recepção inicial foi marcada pelo entusiasmo optimista, mas com o correr do tempo
este foi sendo substituído pelo temor e pelo desencanto.
O mundo globalizado tornou-se mais aberto e receptivo, mas, além das novidades consumíveis, o exterior está nos mandando quebra de empresas, corte de postos de trabalhoe crises financeiras.

Este livro trata de um destes impactos, da globalização
sobre o nosso país: o acentuado crescimento do desemprego desde l990, quando abrimos o mercádò às importações.

Os capítulos 1, 2 e 4 são estudos empíricos que mostram o_desemprego como uma espécie de pontà de, iceberg muito maior, qual seja, a deterioração das relações detrabalho. 
Esta deterioração não pode ser atribuída unicamente nem principalmente à abertura do mercado.
E que junto com a abertura, nossos governos desregulamentaram o comércio
externo e o sistema financeiro, extinguiram o controle dós preços e criaram uma âncora cambial para estabilizar os preços que fazem o Brasil dependente de maciças entradas
de capital externo. 
O resultado conjunto destas mudança estruturais têm sido a elevação do desemprego e do subemprego em todas as suas formas, e. ,o agravamento da exclusão social.

1. Globalização, precarização do
trabalho e exclusão social
Hã um sentimento de exclusão, de mal-estar
em vastos segmentos das sociedades ricas
integradas na economia global, alimentando a violência e, em alguns casos, atitudes de xenofobia.
Fernando Henrique Cardoso, na índia,
Folha de S.Paulo, 28.1.96.
Todo mundo, no mundo inteiro, fala do desemprego.
A falta de bons empregos - de empregos que pagam e oferecem estabilidade,
perspectivas de carreira, seguro-desemprego, seguro contra acidentes, enfermidades, velhice e morte - é sentida em praticamente todos os países desenvolvidos e semidesenvolvidos.

Este sentimento “universal”, é bom que se diga logo, é partilhado pela assim chamada classe média que, no Brasil, tende a ser restrita aos ricos, mas nos países cêntricos abrange o conjuntodos assalariados formais.
Os pobres, por motivos óbvios, sempre careceram de empregos do tipo descrito acima; se não
carecessem, não seriam pobres.
É duvidoso que o problema pseudo-universal do desemprego de fato atinja os pobres “antigos”, os que há décadas vivem de bicos, do comércio ambulante, de trabalhos sazonais, da prestação de serviços que não exigem qualificação, que incluem a prostituição, a mendicância e
assemelhados.
É provável, porém, que o desemprego esteja
1contribuindo para o avultamento da pobreza.

O Mal-Estar no Fim do Século XX

Uma das causas dos mal-entendidos é a fantástica capacidade da classe média de generalizar.
Todo mundo morre de medo de perder o emprego, todo mundo que perde o emprego e tem
mais de 50 anos jamais encontra outro, todo mundo que se forma vai para a pós-graduação ou acumula bicos porque emprego, que é bom, não se encontra nem com lupa, e assim por diante. Todo mundo se refere a uma maioria limitada nos países do centro e a uma quase maioria no Brasil. Um dado expressivo, em nosso caso, é que literalmente a metade da População
Economicamente Ativa contribui para a Previdência Social (49,9% em 1981, 47,7% em 83, 49,9% em 86 e 50,1% em 90 - IBGE, 1994, Tab.7).
Parece ser uma boa hipótese a de que o
problema do desemprego, de que todo mundo fala, atinja sobretudo a metade que contribui para a Previdência Social.
É muita gente, mais de 31 milhões em 1990, mas não são todos.
Para colocar o desemprego em perspectiva, é necessário explicitar e examinar criticamente uma série de pressupostos
que o discurso corrente subentende. Em primeiro lugar, o fato
de que se necessita de ocupação, que não é sinônimo de emprego.

……………………………. Continua.

                                                                                                                                                                      


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